Olha só mais umas explicações sobre o mecanismo de ação de cada droga:
(tudo sobre o mecanismo dos neurotransmissores atingidos em cada caso e da bioquímica do sistema nervoso) - os próximos posts sobre drogas serão menos "bioquímicos"
Álcool:
Veja o video no seguinte site: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/drogas/alcool6.php
O mecanismo de ação de qualquer droga é determinado pela sua estrutura química e sua interação com um receptor no organismo. A estrutura simples do etanol que não possui complexidade para atuar especificamente sobre um receptor, e é mais provável que seus efeitos decorram da ligação em diversos sítios de ação.
O etanol possui um efeito depressor bem conhecido sobre o sistema nervoso central. Paradoxalmente, a sociabilidade e euforia aumentam em concentrações sangüíneas abaixo de 50 mg/dl, produzindo um efeito semelhante ao dos estimulantes. Nesta dose os indivíduos freqüentemente ficam mais falantes e, em alguns casos, violentos e agressivos. Em concentrações sangüíneas de 50 – 100 mg/dl o efeito depressor passa a dominar, refletindo em distúrbios no equilíbrio, concentração e tempo de resposta aumentado. Vale notar que, no Brasil, 60 mg/dl é o limite permitido por lei para conduzir um automóvel. Ataxia, fala arrastada e prejuízo na função motora e mental, incluindo distúrbios na memória de curta duração, estão presentes em concentrações de 100 – 150 mg/dl. Concentrações mais altas levam progressivamente à perda dos sentidos, coma e morte por parada respiratória.
O etanol é capaz de afetar todas as células do organismo, mas grande parte de suas ações ocorrem em neurônios. Uma das propriedades do álcool é a de modificar a permeabilidade da membrana celular, por uma perturbação em lipídeos da membrana neuronal. Embora a influência do etanol sobre as membranas celulares seja comprovada, ela não explica as ações desta droga sobre elementos que regulam a atividade elétrica de neurônios nas concentrações observadas fisiologicamente. Portanto, nos últimos vinte anos a pesquisa tem se voltado às ações do álcool sobre neurotransmissores específicos, receptores que interagem com estes, canais iônicos e mensageiros intracelulares.
Vários neurotransmissores estão envolvidos nos efeitos do etanol. Provavelmente por ação no sistema colinérgico, por exemplo, o álcool provoque prejuízo cognitivo e perda de memória. Já as propriedades sedativas e ansiolíticas parecem estar ligadas a uma ação no sistema dos receptores para o ácido g-aminobutírico (GABA), considerado o neurotransmissor inibitório mais abundante no sistema nervoso central. O sistema glutamatérgico, que desempenha função excitatória no sistema nervoso central, responsável em algumas patologias como as convulsões, é bloqueado pelo etanol e está envolvido no desenvolvimento de tolerância. O sistema dopaminérgico tem sido associado com a sensação de recompensa e satisfação gerada pela administração de álcool e o sistema opióide, por mediar ações do etanol no sistema dopaminérgico, pode interferir na resposta de recompensa possivelmente através da liberação de b-endorfinas. Tolerância a diversos efeitos do álcool, como ataxia, hipotermia, rubor facial e sonolência desenvolve-se rapidamente, mesmo após uma única dose. A tolerância ao etanol torna-se mais evidente com o consumo crônico, sendo que alguns indivíduos chegam a suportar uma dose tão alta quanto 400 mg/dl sem apresentar sintomas grosseiros de sedação. Como ocorre com outras drogas, no entanto, a tolerância não se desenvolve de modo uniforme aos diversos efeitos. Não há tolerância aos efeitos cardio-respiratórios (elevando o risco de morte por superdosagem) e dados demonstrando tolerância aos efeitos reforçadores ainda são altamente controversos.
A interrupção abrupta do consumo crônico de etanol leva a um quadro de abstinência caracterizado pela exacerbação dos sistemas de neurotransmissores excitatórios, especialmente o glutamato. Sintomas comuns incluem sudorese, tremores, hipertermia, irritabilidade, hipertensão, insônia e forte desejo pelo álcool (compulsão). Casos graves podem levar ao quadro de delirium tremens, onde podem ocorrer alucinações visuais e táteis, confusão mental, agitação severa, convulsões e em alguns casos, óbito. A síndrome de abstinência ao álcool normalmente é tratada com benzodiazepínicos (diazepam, clordiazepóxido) ou anticonvulsivantes (carbamazepina).
Algumas drogas já se encontram disponíveis para o tratamento do alcoolismo. O dissulfiram, um inibidor da aldeído-desidrogenase, foi a primeira substância aprovada para esta finalidade. Ao inibir a aldeído-desidrogenase o dissulfiram provoca o acúmulo de acetaldeído caso o paciente venha a ingerir bebidas alcoólicas, levando a sensações desagradáveis como náusea, dores de cabeça e rubor facial. Questões éticas limitam o emprego do dissulfiram e, mesmo com o consentimento do paciente, muitos se recusam em tomar a medicação após algum tempo. Em meados dos anos 1990 a naltrexona, um antagonista opióide, foi aprovada pelo FDA no tratamento do alcoolismo. Este medicamento demonstrou reduzir significativamente o consumo de etanol, bem como o número de episódios de consumo exagerado. Os trabalhos em grupos de pacientes que receberam álcool e naltrexona demonstraram que a sensação de bem-estar subjetiva decorrente do consumo de álcool diminui significativamente. É possível que a naltrexona atue na redução do reforço associado ao consumo de etanol, já que este efeito parece ser mediado pela liberação de opióides endógenos. A naltrexona também reduz o desejo por bebidas alcoólicas, ajudando o paciente a manter o estado de sobriedade. Outro medicamento que tem demonstrado eficácia no tratamento do alcoolismo é o acamprosato. Embora seu mecanismo de ação não seja conhecido (há indícios que seja um agonista parcial do receptor NMDA) este medicamento reduz o reforço do etanol de modo semelhante à naltrexona. Além do dissulfiram, naltrexona e acamprosato, o antagonista canabinóide SR-141716A demonstrou eficácia na redução do consumo de álcool etílico e, atualmente, encontra-se em fase pré-clínica de pesquisa. O etanol eleva a atividade inibitória mediada por receptores do ácido gamaaminobutírico A (GABA-A) e diminui a atividade excitatória mediada por receptores de glutamato, especialmente por receptores de N-metil-D-aspartato (NMDA). Esses dois mecanismos de ação podem estar relacionados ao efeito sedativo geral do álcool e ao comprometimento da memória durante períodos de intoxicação. Os receptores GABA-A são sensíveis ao etanol em diferentes regiões cerebrais e estão claramente envolvidos nos seus efeitos agudos, na tolerância, na dependência e na auto-administração do etanol. A ativação de receptores GABA-A media vários dos efeitos comportamentais do álcool, incluindo a incoordenação motora, a ação ansiolítica e a sedação. Os efeitos reforçadores produzidos pelo etanol são provavelmente relacionados ao aumento na freqüência de disparos de neurônios dopaminérgicos na área tegumentar ventral (ATV) e à liberação de dopamina no nucleus accumbens, provavelmente como conseqüência secundária da ativação do sistema de GABA ou da ativação de opióides endógenos. O aumento na atividade dopaminérgica ocorre apenas enquanto a concentração sanguínea de etanol está aumentando. A elevação na dopamina mesolímbica é crítico para os efeitos reforçadores das substâncias psicoativas. Estudos de imagem do metabolismo cerebral mostraram que o álcool diminui a atividade metabólica nas regiões occipitais cerebrais e aumenta o metabolismo no córtex temporal esquerdo.
Tabaco:
http://www.youtube.com/watch?v=zXm2w84xL_I&feature=related
Na célula, a nicotina liga-se aos receptores de acetilcolina nicotínicos (nAChR). Existe uma variedade de subtipos de nAChR neuronais. Os receptores são compostos por cinco subunidades em torno de um
canal iônico. A ligação de agonistas (por exemplo, nicotina) faz com que a conformação de repouso das subunidades se modifique para a conformação aberta e permite o influxo de sódio, o que causa despolarização celular.No cérebro, os receptores nicotínicos estão localizados principalmente nos
terminais pré-sinápticos e modulam a liberação de neurotransmissor; dessa forma,
os efeitos da nicotina podem estar relacionados a vários sistemas de neurotransmissor. A nicotina conhecidamente promove a síntese de dopamina aumentando a expressão da tirosina hidroxilase e sua liberação tanto na via nigroestriatal como na mesolímbica. A nicotina aumenta a liberação de dopamina no nucleus accumbens e o bloqueio dessa liberação reduz a auto-administração de nicotina em ratos. A nicotina estimula a transmissão dopaminérgica em áreas cerebrais específicas e, em particular, na cápsula do nucleusaccumbens e em áreas da amígdala estendida, que se relacionaram com a dependência para a maioria das drogas. Assim, a nicotina depende da dopamina para seus efeitos comportamentais, que são mais relevantes para suas propriedades reforçadoras; isto é, provavelmente, a base da capacidade de produzir dependência do tabaco. Entretanto, outros sistemas neuronais relacionados à dependência de substância, como os sistemas opióide, glutamatérgico, serotoninérgico e de glicocorticóides, podem ter importância para aspectos específicos da dependência de substância.
Opióides:
http://www.slideshare.net/monikayjose/morfina-heroina-opio
Os três receptores opióides (mu, delta e kappa) mediam atividades tanto dos opióides exógenos (drogas) como dos peptídeos opióides endógenos e, assim, representam as peças centrais no entendimento dos comportamentos controlados por opióides. Os receptores opióides pertencem à superfamília dos receptores acoplados à proteína G. A ligação de agonistas a esses receptores acarreta, no final, inibição da atividade neuronal. Receptores e peptídeos opióides são fortemente expressos no SNC. Além de seu envolvimento nas vias de dor, o sistema opióide está largamente representado em áreas cerebrais envolvidas na resposta às substâncias psicoativas, como a ATV e a cápsula no nucleus accumbens. Os peptídeos opióides estão envolvidos em uma grande variedade de funções, regulando funções de respostas ao estresse, de alimentação, de humor, de aprendizado, de memória e imunes.
Canabinóides:
http://www.youtube.com/watch?v=rqz0xgywTjg
O conjunto de receptores canabinóides e seus ligantes endógenos constituem o que é atualmente chamado de sistema endocanabinóide. Canabinóides derivados da planta ou seus análogos sintéticos são agonistas clássicos dos receptores canabinóides. Os compostos canabinóides induzem seus efeitos farmacológicos pela ativação de dois receptores diferentes que foram identificados e clonados: o receptor canabinóide CB-1, que é altamente expresso no SNC , e o receptor CB-2, que é localizado em tecidos periféricos, principalmente no sistema imune. O THC e seus análogos mostram boa correlação entre afinidade por esses receptores e seus efeitos, denotando que esses receptores são os alvos desses compostos. Após a identificação do primeiro receptor canabinóide, teve início a procura por ligantes endógenos para esse receptor. A descoberta do primeiro ligante canabinóide endógeno (endocanabinóide) ocorreu em 1992, quando a anandamida, aracdonoil etanolamida, foi isolada do cérebro de porco. Um segundo tipo de endocanabinóide foi descoberto em 1995, também derivado do ácido araquidônico. Recente mente, um terceiro ligante endocanabinóide foi identificado. A identificação desses compostos endocanabinóides e o desenvolvimento de agonistas canabinóides sintéticos seletivos e potentes, assim como de antagonistas
canabinóides tiveram papel principal nos avanços recentes na farmacologia canabinóide. Os ligantes endógenos apresentam síntese e liberação dos neurônios induzidas por despolarização e são removidos do espaço extracelular por um processo de recaptura mediado por carregador que está presente nas membranas dos neurônios e astrócitos. Isso é tomado como evidência de que esses canabinóides endógenos comportam-se como transmissores no cérebro. Embora a cannabis seja amplamente utilizada, os mecanismos de seus efeitos euforizantes e produtores de dependência são largamente desconhecidos.
Existe um grande conjunto de evidências de que o delta-9-THC aumenta a atividade dopaminérgica na via mesolímbica que se projeta da ATV para o nucleus accumbens, uma região-chave no desenvolvimento da dependência. Estudos in vivo mostraram que o delta-9-THC aumenta a concentração de dopamina no nucleus accumbens. Mais recentemente, foi mostrado, por microdiálise cerebral, que o delta-9-THC aumenta a concentração de dopamina extracelular preferencialmente na cápsula do nucleus accumbens, de maneira similar à ação de várias substâncias psicoativas . A administração sistêmica de delta-9-THC ou de canabinóides sintéticos também aumenta o disparo espontâneo de neurônios dopaminérgicos
na ATV. A distribuição cerebral dos locais de ligação CB1 se correlaciona com os efeitos dos canabinóides na memória, percepção, controle motor e anticonvulsivante. Os agonistas do receptor CB1 prejudicam a memória e alteram o controle da função motora. Dessa forma, o córtex cerebral, o hipocampo, o putâmen-caudado lateral, a substância negra, a pars reticulata, o globo pálido, o núcleo entopeduncular e a camada molecular do cerebelo são todos povoados por concentrações particularmente altas de receptores CB1. Níveis intermediários de ligação são encontrados no nucleus accumbens.
Os receptores CB1 são encontrados também nas vias de dor no cérebro e na medula espinhal e nos terminais periféricos de neurônios sensoriais primários, explicando, assim, as propriedades analgésicas dos agonistas do receptor canabinóide. Receptores CB1 são expressos nos neurônios do coração,
canal deferente, bexiga urinária e intestino delgado. Os receptores CB1 localizados nos terminais nervosos suprimem a liberação neuronal de transmissores que incluem acetilcolina, noradrenalina, dopamina, 5-hidroxitriptamina, GABA, glutamato e aspartato. Os receptores CB2 encontrados nas células imunes, com níveis particularmente altos nos linfócitos B e células exterminadoras naturais (natural killer cells), são imunomoduladoras.
Cocaína (Hidrocloreto e Crack)
http://www.antidrogas.com.br/videos.php?v=16
http://www.antidrogas.com.br/videos.php?v=18
No cérebro, a cocaína age como um bloqueador do transporte de monoaminas com afinidade similar pelos transportadores de dopamina, serotonina e noradrenalina. O antagonismo das proteínas
transportadoras deixa mais neurotransmissores monoaminérgicos disponíveis na fenda sináptica para atuar nos receptores pré e pós-sinápticos. É amplamente aceito que a capacidade da cocaína de atuar como reforçador se deve, em grande parte, à sua capacidade de bloquear a recaptura de dopamina. Os efeitos reforçadores dos psicoestimulantes estão associados com aumentos da dopamina cerebral e
da ocupação de receptores D2 em humanos. Apesar das evidências apontando para um mecanismo dopaminérgico para a recompensa da cocaína, a dopamina pode não ser o único mediador das suas
propriedades reforçadoras, o sistema serotonérgico pode influenciar as propriedades reforçadoras da cocaína, pois ela também facilita a transmissão serotonérgica no nucleus accumbens.
Anfetaminas/Ecstasy
http://www.youtube.com/watch?v=N06RmpdCzkU
O mecanismo de ação primário das anfetaminas é a estimulação da liberação de dopamina
dos terminais nervosos pelo transportador de dopamina. Assim, a dopamina pode ser liberada independentemente de excitação neuronal. Esse mecanismo contrasta com os efeitos da cocaína, que bloqueia a recaptura de monoaminas no terminal nervoso e, portanto, afeta apenas neurônios ativos. Como a cocaína, as anfetaminas também inibem, em certa extensão, a recaptura das catecolaminas,
aumentando, dessa forma, suas capacidades de ativar receptores. As anfetaminas também ativam diretamente os receptores de catecolamina, contribuindo ainda mais para a atividade monoaminérgica.
Dentre as anfetaminas, o ecstasy atua em diversos neurotransmissores incluindo
serotonina, dopamina e noradrenalina, mas com papel mais destacado para a serotonina. No uso de ssa droga, ocorre liberação aumentada de serotonina, pois a MDMA se liga e bloqueia o transportador de
serotonina, bloqueando, assim, a sua recaptura. Ao final, isso causa depleção de longa duração de serotonina e concentração de metabólitos no cérebro. A MDMA também aumenta a liberação de dopamina.
Alucinógenos
http://www.youtube.com/watch?v=A7F2X3rSSCU
A LSD atua no sistema serotonérgico e é um agonista de auto-receptores no
núcleo da rafe. Um auto-receptor é um receptor em um neurônio para o transmissor que o neurônio libera. A ativação de um auto-receptor atua por um mecanismo de retroalimentação negativa para diminuir os disparos do neurônio. Isso ajuda a regular o disparo neuronal e a impedir ativação excessiva dos neurônios. A LSD também atua como um agonista de serotonina-2, ou como agonista parcial. É utilizado oralmente e doses tão baixas como 20 a 25mg podem produzir efeitos.
A PCP é uma antagonista não competitiva no receptor NMDA . A psicose induzida por PCP pode durar por semanas apesar da abstinência da substância. De maneira similar à PCP, a cetamina, um análogo da PCP que também é um antagonista não competitivo do receptor NMDA e que exibe seletividade maior que a PCP para o receptor NMDA , também induz efeitos psicotomiméticos em voluntários saudáveis e exacerba sintomas em pacientes com esquizofrenia. A classe de alucinógenos atropínicos é antagonista dos receptores muscarínicos colinérgicos.
Solventes e inalantes
http://www.youtube.com/watch?v=we_Tfgk1e7E
Pouco se sabe sobre o mecanismo de ação dos solventes mas se compara suas ações àquelas das drogas depressoras clássicas como os barbitúricos, os benzodiazepínicos e o etanol. Com base em seus efeitos físicos, é assumido que os solventes induzem mudanças bioquímicas similares ao etanol e aos anestésicos
e, dessa forma, tem-se procurado por um mecanismo de ação GABAérgico. Em camundongos, o efeito discriminativo de estímulo do etanol pode ser substituído por vários anestésicos voláteis, por tolueno e outros solventes voláteis. A aquisição de discriminação por tolueno por ratos e camundongos se generaliza para agentes GABAérgicos como barbitúricos e benzodiazepínicos, sugerindo que o tolueno pode ter potencial de dependência de droga do tipo depressor do SNC. Os solventes comumente utilizados, incluindo o tolueno, também afetam a atividade do canal iônico aberto por ligante. O tolueno, de maneira similar ao etanol, aumenta reversivelmente as correntes sinápticas mediadas pelo receptor
GABA-A. Dessa forma, os locais de ação molecular desses compostos podem se sobrepor aos do etanol e dos anestésicos voláteis. O tolueno tem efeitos bifásicos excitatório e inibitório na neurotransmissão, relacionados com a neurotransmissão GABAérgica. A dopamina no nucleus accumbens está aproximamente relacionada à dependência de substância para todas as substâncias psicoativas. A inalação aguda de tolueno por ratos resulta em aumento dos níveis de dopamina extracelular no striatum e mudanças no disparo neuronal de neurônios da ATV. Assim, esse estudo eletrofisiológico sugere que a neurotransmissão dopaminérgica mesolímbica possa ser modificada pela exposição ao tolueno, apontando para as mesmas conclusões dos estudos neuroquímicos. Outras evidências do envolvimento da dopamina após a inalação de tolueno vêm de estudos em toxicologia ocupacional. A exposição à inalação subcrônica a concentrações de tolueno prováveis de serem encontradas em ambientes ocupacionais induz mudanças persistentes na atividade locomotora e no número de receptores D2 no caudado de ratos. A hiperatividade locomotora induzida por tolueno pode ser bloqueada por antagonistas do receptor D2.
Mais posts de drogas vem por aí.
Postado por Rachel Maria de Souza Soares
quinta-feira, 2 de julho de 2009
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